Economia criativa e preservação do patrimônio histórico
- Matiza Rigobello Lima
- 1 de abr.
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“O benefício da preservação histórica é enorme. O conhecimento que temos sobre este benefício é minúsculo”
Georgia Trust of Preservation, Greg Paxton
3% do PIB brasileiro vem da Economia Criativa, que envolve 7,5 milhões de pessoas. Estamos falando da produção cultural, artística, turismo, gastronomia e a preservação do patrimônio histórico está aí inserida, como uma das alavancas para o turismo cultural, por exemplo.
Como patrimônio, entendemos o patrimônio material e imaterial. Imaterial diz respeito às sabedorias ancestrais, cultura que nos é passada geração após geração. Sabemos que uma cidade que preserva seus valores culturais tem muito mais chance de se tornar atrativa para o que vem de fora: o turista, o visitante que aqui chega com olhos curiosos por experiências além daquilo que lhe é ofertado nos grandes centros.
Ultimamente, temos ouvido o termo turismo de experiência, experiência gastronômica e por aí vai... o indivíduo quer participar, estar dentro daquele programa, levar dali sensações, delicadezas, poesia, conhecimento e tudo o que lhe satisfaz a alma.
Portanto, preservar não é coisa de saudosistas ou pessoas com apego ao passado. Agrega valor e traz dinheiro à cidade, dá oportunidade de crescimento profissional, vai além das fronteiras da economia convencional.
Mococa é tida como uma cidade conservadora e citada por alguns como a cidade dos coronéis, de maneira pejorativa. Pois esses mesmos coronéis, junto com pessoas comuns, fizeram a cidade como a conhecemos hoje - construíram, doaram patrimônio, foram beneméritos. Construíram o que são hoje nossos “espaços instagramáveis” ou “cartões postais”, como queiram.
Espaços de pertencimento, orgulho para quem vem e quem vai.
Matiza Rigobello Lima é paisagista e artista visual.
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