O propósito do Festival do Café em Mococa
- Matiza Rigobello Lima
- há 2 dias
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Proposto por Emanuela Mendes no ano de 2024 ao Conselho de Turismo, este evento que agora é lei municipal, acontece no mês de maio por ser o mês de celebração do Dia Nacional do Café.
Este importante ciclo econômico que elevou a cidade de Mococa, ao que hoje se designa Cidade Histórica do Café, precisava de alguma maneira ser destacado com a importância que lhe é atribuída - e verdadeira.
Em um seminário de Patrimônio Histórico ocorrido há alguns anos, recebemos aqui nomes importantes da academia como arquitetos e mestres museólogos que afirmaram ser nossa cidade uma legítima representante do ciclo econômico cafeeiro, bem como Ouro Preto o é para o ciclo do ouro.
Circunstâncias políticas talvez tenham sido o motivo pelo qual nossa cidade não tenha sido reconhecida, ainda, no cenário brasileiro como tal. Poderíamos tranquilamente estar na rota de pesquisas e estudos referentes à arquitetura do café, assim chamada obviamente por ter sido criada pelas mãos de imigrantes, especialmente os italianos que aqui a trouxeram da Europa, trazidos pela riqueza produzida nas lavouras cafeeiras. Não só a arquitetura, mas a arte e a cultura que vivemos naquele período, do final do século XIX e início do XX.
Pois bem, voltemos ao Festival. Ele não se limita a eventos na praça, mas também busca afirmar essa nossa "vocação”, o turismo cultural: os cafeicultores com sua produção local e regional, a gastronomia, a música e o artesanato com identidade cultural que estamos realizando em Mococa.
Temos já o reconhecimento regional pelo nosso artesanato, que está na frente de muitas cidades da nossa Região Turística, chamada Raízes do Campo, representando a região metropolitana de Ribeirão Preto, da qual fazemos parte.
Então, quando se fala em Festival do Café, observemos que se trata de algo muito maior que apenas um evento na Praça. Veja a programação que é descentralizada, ocorre em alguns pontos como fazendas, roteiro turístico no centro histórico, apresentação de chefes de cozinha no coreto e uma programação musical extensa, na própria Praça da Matriz.
O 2º Festival pretende ser tão exitoso quanto o primeiro e, acima de tudo, fomentar a economia local e a cidade como um todo.
Acompanhe, compareça, prestigie e fortaleça nosso turismo cultural.
Matiza Rigobello Lima, arquiteta e presidente do COMTUR.
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