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Macro Paisagismo Urbano

  • Foto do escritor: Matiza Rigobello Lima
    Matiza Rigobello Lima
  • 31 de ago.
  • 2 min de leitura
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Os ipês quando florescem, nos dão uma alegria enorme e nos fazem lembrar que a vida é fugaz, finita como suas flores que duram tão pouco e ao mesmo tempo anunciam a primavera. É como se abrisse um portal florido para a entrada da estação das flores, do renascimento, do acordar das plantas que estavam na dormência do inverno.


Fazendo um paralelo com nossa vida humana, as flores dos ipês amarelos (e de todos eles) floridos estão no auge de sua vitalidade, mas nos mostram em poucos dias que envelhecem e morrem como nós, sem que isso tire sua beleza e majestade. Tudo isso pode ser sentido para aqueles que veem beleza nas coisas simples e naturais.


Os ipês dessa avenida em Mococa (foto), foram plantados há 10 anos como parte do Projeto Empreender do Sebrae/ACI, sob a coordenação de Maria Cristina Montagnini, com um grupo de floristas e paisagistas no qual me incluí. Ações como essas nos orgulham e mostram como vale a pena realizar projetos que envolvam e favorecem a coletividade, independente do poder público.


Hoje temos o Grupo Cidade Verde, que trabalha pela arborização urbana nas calçadas, parques, praças, terrenos... enfim, um grupo que acredita na ação benéfica propiciada pela árvore no meio urbano.


Fundamos nos anos 1990 o Grupo Timbó, que trabalhou durante uma década pelo meio ambiente em Mococa. Através de campanhas nas escolas, palestras e plantios, fizemos nossa parte. Tínhamos como objetivo o Parque São Francisco, terras que ficam no final da Cohab 2.


Alí realizamos plantios importantes, reflorestamento em duas partes da área, que é por lei destinada a um parque ambiental. Com alunos e mestres da USP, estudantes de arquitetura, tivemos um projeto para aquele parque que nunca foi executado. Faltou vontade política, aliás sempre é assim: aquilo que não é interessante ao interesse político, não se torna realidade.


Mas não deixemos nos contaminar com esses parcos resultados, vamos passar o bastão para os mais jovens, quem sabe aqueles que acreditam e sentem falta de um parque ambiental em Mococa. Quem tem crianças pequenas sabe da importância de se ter algum lugar de natureza e entretenimento para se levar as crianças e viver com elas momentos da família ao ar livre.


Temos áreas já destinadas a parques, como por exemplo o São Sebastião, no Jardim Lavínia. O próprio Campo Experimental, que poderia ser transformado em um Parque Ambiental para a cidade com um programa que incluísse áreas para caminhadas, descanso, alimentação, apresentações musicais, playground, espaços esses que seriam de grande utilidade para a população.


Matiza Rigobello Lima é arquiteta paisagista e artista visual.

 
 
 

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